Vamos ler autores do mundo lusófono
(por Ludovina Pereira)
O tema da viagem comporta
sempre um olhar para dentro de nós, uma reflexão sobre a identidade e a vida.
Nesta obra, as deslocações no espaço relacionam-se também com a
construção da memória e a ligação entre História e Literatura. Em Mazanga reexamina-se a herança do
poder colonial.
“Terá Diogo Cão passado pela Mazanga (Ilha de Luanda e Mussulo)? E pela barra do Kwanza, cujas correntes estão na origem da formação daquela língua de terra? Um dominicano mestiço, proveniente da Confraria do Rosário, em Lisboa, acompanha o navegador na sua segunda viagem, em 1486, e acredita ir ao encontro da família remota perdida no Kongo. Mas o acaso leva-o mais a sul, ao reino do Ngola Kiluanji kya Samba, que se prepara para recuperar o domínio das ilhas ocidentais conhecidas por Mazanga onde, na exploração do zimbo, rivalizam três grupos migratórios vindos do Kongo: o do Mwani Korimba, da linhagem Nlaza, o do Kanzi a Pakala, do Soyo, cujo chefe é o Mwani Mussulo, e finalmente aquele cujo percurso se revela o mais dramático de todos, o dos Nsanda”.
“Terá Diogo Cão passado pela Mazanga (Ilha de Luanda e Mussulo)? E pela barra do Kwanza, cujas correntes estão na origem da formação daquela língua de terra? Um dominicano mestiço, proveniente da Confraria do Rosário, em Lisboa, acompanha o navegador na sua segunda viagem, em 1486, e acredita ir ao encontro da família remota perdida no Kongo. Mas o acaso leva-o mais a sul, ao reino do Ngola Kiluanji kya Samba, que se prepara para recuperar o domínio das ilhas ocidentais conhecidas por Mazanga onde, na exploração do zimbo, rivalizam três grupos migratórios vindos do Kongo: o do Mwani Korimba, da linhagem Nlaza, o do Kanzi a Pakala, do Soyo, cujo chefe é o Mwani Mussulo, e finalmente aquele cujo percurso se revela o mais dramático de todos, o dos Nsanda”.
Sem comentários:
Enviar um comentário