segunda-feira, 30 de abril de 2012

Conferências dos Capuchos 5


As Conferências dos Capuchos “Educação, Arte e Cidadania: O diálogo social”, terminaram  no passado sábado, 28 de abril, desta vez sob o lema “Questionar, compreender e agir”. Receberam os presentes a Profª Adelaide P. da Silva, do Centro de Formação AlmadaForma que traçou as aspirações da organização para este I Ciclo de Conferências e o balanço que considera muito positivo das duas jornadas anteriores;  também tomou a palavra a  subdiretora da ES do Monte de Caparica que enfatizou  o orgulho da coorganização e do papel que a escola tem desempenhado na comunidade não só na sua função educativa e formativa mas de promoção da integração e diálogo social e intercultural. Saudaram os conferencistas da tarde e a audiência, agradecendo a comparência, mais uma vez, da Dra. Elisa Marques, Coordenadora da Equipa de Educação Estética e Artística do MEC, do Dr. Prof. Doutor Fernando Reis, Diretor Geral da Educação e também do Diretor Adjunto da DRELVT, Dr. João Passarinho. A Dra. Ana Gameiro, representando novamente a CMA sublinhou o agrado de acolher no Convento dos Capuchos o evento e o trabalho de colaboração e parceria ao longo dos anos, tanto com o Centro de Formação como com a ES Monte de Caparica.

Num apontamento de transição nos trabalhos, ouviu-se um fado, “Ó gente da minha terra”, interpretado por Leonor Arrimar, acompanhada por Rafael Neves na guitarra, ambos alunos da escola.

As comunicações da tarde iniciaram-se com o  Engº Diogo Simões Pereira, da EPIS, Empresários pela Inclusão Social que apresentou o trabalho desenvolvido pela associação ao longo de seis anos, na que designou área de realização do potencial dos jovens. O trabalho, que incide sobretudo na área da educação pela inclusão socia,l desenvolve-se em intervenções ao nível da família, da escola e da comunidade. O apoio prestado pela EPIS, ligado ao mundo e lógica empresariais foi  também disponibilizado às escolas e estruturas sociais da região de Almada.

O Prof. Doutor David Justino, ex-ministro da educação, começou por percorrer os diferentes temas e reflexões propostos no presente ciclo de conferências e identificou um conceito que considerou estar em falta, o do “conhecimento”. A partir da reflexão do que é educar, resumiu-a na afirmação de que “educar é, acima de tudo, capacitar”. Referiu a controvérsia em torno do conceito de “competências” e preferiu uma terminologia própria, propondo o enfoque na definição de “capacidades”, à qual atribuiu várias vertentes: a do conhecimento, a das competências, a da experiência, a das predisposições. Defendeu a revalorização do conhecimento e da cultura científica, não obstante a valorização, em simultâneo, do conhecimento que advém da cultura e das artes, numa outra dimensão do conhecimento: a humanística.

Seguidamente tomou a palavra a Dra. Helena Barroco em representação do Dr. Jorge Sampaio como Alto Representante das Nações Unidas para a Aliança das Civilizações, que não pôde estar presente, apresentando a perspetiva da Aliança das Civilizações que se desenvolve no plano global se prolonga até ao nível local, atingindo as comunidades. Focalizou os principais objetivos, nomeadamente o de contribuir para a abordagem positiva da diversidade e torná-la um fator de inclusão, diálogo e desenvolvimento; o de estimular a mudança de atitudes e de perceções, combatendo estereótipos e preconceitos; o de estimular o desenvolvimento da chamada competência intercultural e também da literacia cultural. Enfatizou a necessidade de apetrechar os cidadãos com competências para lidar com a diversidade como uma vantagem e não como uma obrigação, um fardo ou limitação. Apresentou dois vídeos, um sobre a génese e objetivos da Aliança e outro sobre uma das iniciativas que é a das Escolas de Verão da Aliança das Civilizações cujas edições mais recentes têm tido lugar em Portugal.

A sessão continuou com a apresentação do Coro Juvenil da Academia de Música de Almada, dirigido pela Maestrina Marta Costa, interpretando Cantique de Jean Racine, de  G. Fauré  e  o 1º andamento de Gloriain Excelsis Deo, de A.Vivaldi.

Terminou-se a sessão, realizada na sala do piano, com a entrega dos prémios do concurso anual de Desenho da escola, na sequência de projetos de sensibilização ao património local. Este ano, em  colaboração com Centro de Interpretação da Mata dos Medos e professores da Universidade Nova de Lisboa, o produto do trabalho desenvolvido esteve patente  na exposição Floralis que integra o programa destas conferências. Os prémios, financiados pelo Clube de Rotários da Costa da Caparica, foram entregues aos seguintes alunos: 1º Lugar – Samuel Ferreiro;  2º lugar – João Filipe Monteiro; 3º lugar – Carolina Lia Santos.

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